COMO É CONHECIDA?
- Com queixa de “bolinhas” na região posterior dos braços.;
- Com aparência de “pele de galinha arrepiada” ;
- Com aspecto de “área esbranquiçada”, arredondada;
- Com “sensação de lixa” ao toque;
- De “aspecto áspero”;
- Aparentando “pequenas espinhas ou foliculite”: se espremer, pode até sair uma massinha branca. Mas, não se deve cutucar e nem espremer, pois pode deixar cicatrizes e manchas na pele.
O QUE É?
É uma anomalia da queratinazação nos folículos pilosos.
BIÓPSIA
É desnecessária. A histopatologia mostra hiperqueratose do óstio folicular com presença de espícula córnea.
MANIFESTAÇÃO
Pápulas córneas foliculares que dão a sensação de aspereza pela palpação.
LOCALIZAÇÃO
Principalmente nas superfícies extensoras das coxas, no terço superior dos braços e na face (porção lateral do rosto). podendo também acometer outras regiões nas formas severas.
OCORRÊNCIA
É um quadro extremamente frequente, tendo uma leve predominância em mulheres jovens
TRANSMISSÃO
Geralmente hereditário.
ASSOCIAÇÃO
Muitas vezes com ictiose (pele seca) e dermatite atópica.
VARIANTE
QUERATOSE PILAR ATROFIANTE (rolhas foliculares, eritema perifolicular e atrofia, que culmina com epilação cicatricial). Há 3 tipos:
- ATROFODERMIA VERMICULATA: se inicia após os 5 anos, nas regiões malares, com queratose folicular e inflamação perifolicular, culminando em atrofia, com aspecto em favo de mel.
- ULERITREMA OFRIÓGENES: condição semelhante acometendo a região medial e lateral das sobrancelhas
- QUERATOSE FOLICULAR ESPINULOSA DECALVANTE: queratodermia palmar e plantar moderada, hiperqueratose folicular que evolui para alopécia cicatricial do couro cabeludo, cílios e sobrancelhas, cutículas altas, distrofia corneana, fotofobia, espessamento da pele do pescoço e orelhas. de herança autossômica dominante ou recessivo ligado ao x.
SÍNDROMES
Podem constituir manifestações de algumas genodermatoses como:
- SÍNDROME CARDIO-FÁCIO-CUTÂNEA;
- SÍNDROME DE NOONAN;
- SÍNDROME IFAP.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
- LIQUEN SPINULOSUS: crianças e em áreas localizadas
- PITIRÍASE RUBRA PILAR: tem múltiplas localizações, eritema e pápulas características no dorso das mãos.
- FRINODERMA: ocorre queratose pilar generalizada, juntamente com outros sinais de avitaminose a.
TRATAMENTO:
- HIDRATANTES: Primeira opção de tratamento, eles hidratam e protegem a pele. ativos como ureia, ácido láctico (lactato de amônio) em loções ou cremes.
- CORTICÓIDE: Modifica ou simula efeitos hormonais, muitas vezes a inflamação ou reduzir o crescimento e a reparação tecidual.
- DERIVADO DE VITAMINA A: Desobstrui folículos capilares bloqueados e ajuda a evitar a formação de novas obstruções, além de retardar o crescimento de células da pele.
- ÁCIDO RETINÓICO: Tretinoína a 0,1%. Cremes com ácidos devem ser evitados em crianças por causarem sensação de queimação e ardor.
- ÁCIDO GLICÓLICO: Com ação queratolítica e hidratante.
- CERATOLÍTICOS: Como o ácido salicílico causando uma esfoliação, vaselina salicilada a 3% gel de ácido salicílico a 6%
- DERMOBRASÃO: Alisamento cirúrgico da pele com uma lixa fina
- PROTETOR SOLAR: Ajuda a hidratar e a não manchar as lesões escoriadas
- LASER: Como a luz intensa pulsada e o laser de Nd Yag ajuda a tratar o eritema facial e as cicatrizes.
- PEELING: Para uma esfoliação da pele e desentupimento dos óstios foliculares, com melhora final do relevo e manchas cicatriciais da pele.
Consulte o seu dermatologista associado a SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA para fazer o diagnóstico correto, te tranquilizar, (pois não precisa de biópsia) e te indicar o melhor tratamento no seu caso (que na maioria das vezes consiste basicamente em hidratação).
Link do artigo: https://jornaldaorla.com.br/noticias/47092-queratose-pilar/