Impetigo

AGENTE ETIOLÓGICO:

O impetigo é dermatose infecciosa e contagiosa causada pela bactéria estafilococos plasmo-coagulase positivo e ocasionalmente por estreptococos hemolíticos.

EPIDEMIOLOGIA:

É mais comum na face e extremidades das crianças e a falta de higiene costuma ser fator predisponente.

Em afecções anteriores, como escabiose, eczemas e varicela, esses germes podem se instalar e usa-se o atributo, impetinizado para a dermatose primária.

QUADRO CLÍNICO:

O tempo de incubação entre a exposição e o aparecimento dos sintomas é de 4 a 10 dias.

IMPETIGO BOLHOSO (impetigo com bolhas):

  • Causado por Staphylococcus aureus.
  • São responsáveis por 10% dos casos de doenças segundo dados da Anvisa;
  • Predominam lesões vésico-bolhosas flácidas e mais duradoura;
  • É comum observar restos de pele na periferia de bolhas rotas;
  • Podem vir acompanhadas de febre e mal-estar;
  • Pode ocorrer ulcerações no descuido das lesões.

IMPETIGO NÃO-BOLHOSO (impetigo com vésicocrostas):

  • Causado por estreptococos;
  • Em 10 % dos casos o estafilococo do grupo A pode ser o agente infectante secundário.
  • Inicialmente tem uma colonização na pele e picadas de insetos, traumas, cutucar a pele com as unhas, são alguns exemplos, que podem por solução de continuidade, introduzir esses germes na pele e a partir daí ocorrer disseminação para o trato respiratório;
  • A lesão inicial é mácula eritematosa que logo se transforma em vésico-pápula ou mesmo bolha purulenta, bastante superficial, com duração efêmera;
  • Caracteristicamente, o conteúdo seroso ou sero-purulento pelo dessecamento forma crostas melicéricas (cor de mel);
  • É comum surgir lesões satélides que podem coalescer;
  • Podem aparecer linfadenopatia regional (gânglios).

COMPLICAÇÕES:

É raro, geralmente o impetigo é uma doença benigna que evolui favoravelmente quando recebe o tratamento adequado.

Casos mais graves podem complicar com:

GLOMERULONEFRITE PÓS ESTREPTOCÓCICA:

  • Doença renal grave;
  • Produzida pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo a (o mesmo agente das infecções na orofaringe).

CELULITE INFECCIOSA:

Doença grave que afeta os tecidos da pele, indo em direção aos nódulos linfáticos e disseminando para o organismo pela corrente sanguínea, sendo potencialmente fatal.

ECTIMA:

  • Úlceras profundas, dolorosas e cheias de pus nas camadas mais profundas da pele;
  • As lesões deixam cicatrizes depois de curadas;
  • É considerada a forma mais grave do impetigo;
  • Agentes: Streptococcus pyogenes e pode ocorrer infecção simultânea pelo Staphilococus aureus;
  • Presença de linfonodos (gânglios linfáticos) aumentados na cadeia próximas das feridas.

TRATAMENTO:

  • O tratamento do impetigo deve começar no máximo 48 horas depois do aparecimento dos primeiros sintomas para evitar complicações;
  • Medida essencial é a limpeza das lesões 2 a 3 vezes ao dia com água e sabão;
  • Remoção das crostas com água morna e sabão;
  • Após limpeza, secar e aplicar topicamente cremes ou pomadas de antibióticos;
  • Casos mais difusos e intensos é necessário o uso de antibiótico oral.

CUIDADOS GERAIS:

  • Cortar as unhas rentes;
  • Não coçar;
  • Limpar bem as feridas.

Procure imediatamente o atendimento médico para o correto diagnóstico, orientações e tratamento.

Link do artigo: https://jornaldaorla.com.br/noticias/50882-impetigo/

Sobre a doutora 

Júlia Mendes

Médica Dermatologista e Profª: Dermatologia na faculdade de Medicina FCMS e Especialização da SBD em Estética. Laser, Cirurgia e Beleza.