Herpez-zóster

A Herpes Zoster é conhecida popularmente como cobreiro.

O agente etiológico do herpes-zóster é uma infecção viral causada pelo mesmo vírus da Catapora, o Varicela-zoster vírus (HVV/VZV).

Uma vez infectado o vírus passa a ficar alojado e inativo na coluna espinhal e geralmente após os 50 anos de idade pode ser reativado devido a períodos de estresse intenso, queda da imunidade, doenças debilitantes, tratamentos de quimioterapia e radioterapia.

Portanto, as pessoas que já tiveram catapora podem desenvolver um episódio de herpes-zóster, mas o risco de desenvolver o herpes zóster é de aproximadamente 1% ao longo da vida.

O quadro clínico clássico é caracterizado por bolhas na pele e dor intensa, em um determinado dermátomo, podendo aparecer em qualquer área do corpo, sendo o rosto e o tronco as regiões mais comuns.

A sensação inicial é de queimação leve a moderada no local que pode ser acompanhada frequentemente de febre, calafrios, cefaleia e mal-estar. Posteriormente, evolui para eritema cutâneo com formação de vesículas até um estágio final de crostas.

As bolhas são semelhantes às causadas pela infecção do herpes humano simples e assim, estão cheias do vírus varicela zóster no líquido dentro da bolha.

Complicações do herpes-zóster:

  • Ocorre um acometimento sensorial neural podendo afetar e disseminar-se para qualquer segmento do sistema nervoso (SN).
  • Quando surge no rosto segue o feixe de enervação atingindo o nervo trigêmeo, podendo provocar até cegueira e surdez nos casos mais graves.
  • A porção motora é muito menos acometida, podendo produzir fraqueza muscular, paralisia dos nervos cranianos, paralisia do músculo do – diafragma, bexiga neurogênica e pseudo obstrução intestinal.
  • Se acometer amplamente a medula pode ocorrer à síndrome de Guillain-Barré, mielite transversa e miosite.
  • Encefalite e meningoencefalite podem ocorrer em pacientes com imunossupressão importante.
  • Em mais de 50% das neuropatias cefálicas motoras nos idosos a causa é o herpes zóster.
  • O quadro de neuralgia pós-herpética (NPH) é decorrente da persistência da dor afetando a qualidade de vida dos indivíduos, sendo necessário o tratamento com anticonvulsivantes, antidepressivos e alguns medicamentos tópicos.
  • O diagnóstico é feito no exame clínico e raramente é solicitado exames laboratoriais para os casos atípicos.

O tratamento é feito com orientações de higiene, fármacos antivirais que aceleram a cura das erupções cutâneas, reduzem a intensidade e a duração da dor aguda e previnem provavelmente a ocorrência da NPH. No entanto, alguns pacientes desenvolverão NPH, mesmo após ter recebido adequadamente os antivirais.

Procure sempre o médico para o diagnóstico correto, orientações adequadas e tratamento adequado.

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Sobre a doutora 

Júlia Mendes

Médica Dermatologista e Profª: Dermatologia na faculdade de Medicina FCMS e Especialização da SBD em Estética. Laser, Cirurgia e Beleza.